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quinta-feira, 31 de outubro de 2019



Módulos SIP SDM 632 e o Snapdragon SIP S6125 serão produzidos em Jaguariúna, no interior de SP, em uma fábrica que pode gerar até 1.000 empregos

Qualcomm vai começar a vender seus primeiros chips feitos no Brasil, o SIP SDM 632 e o Snapdragon SIP S6125 em 2021. A declaração foi feita por Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm América Latina, durante a Futurecom 2019.




Os chips serão produzidos em uma fábrica em Jaguariúna, no interior de SP, que deve estar pronta no final de 2020. Segundo o TeleSintese, o investimento é estimado em US$ 200 milhões ao longo de cinco anos, e a expectativa é de que a fábrica gere cerca de 800 a mil empregos no país.
Os componentes foram certificados recentemente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) como componentes eletrônicos desenvolvidos no país. Ou seja, eles atendem aos requisitos do Processo Produtivo Básico (PPB), isentando o fabricante de tributações, o que torna os chips mais competitivos no mercado e pode ajudar a reduzir o preço de smartphones.
Apresentados em março deste ano, os chips são na verdade módulos “System In Package”, que unificam componentes comumente usados em um celular, como o processador, memória e modem, em uma única peça, que ainda por cima é menor do que as placas de circuito tradicionais. Assim, para produzir um celular os fabricantes só precisam adicionar a tela, bateria, sensores e câmeras, com todo o restante do hardware é garantido pelos módulos da Qualcomm.
"A ideia é tornar o processo de desenho, desenvolvimento e produção de um smartphone mais fácil. Embora o conceito de SiP já exista e esteja presente em vários equipamentos, é a primeira vez que ele é usado em um smartphone", diz Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina.
A ASUS já comercializa no Brasil um smartphone equipado com um dos SIP. É o Zenfone Max Shot, o primeiro no mundo a utilizar o componente. O aparelho tem preço sugerido de R$ 1.549.



EUA quer proibir suas empresas de telecom de usarem equipamento da Huawei e ZTE

Novas regras da FCC podem fazer companhias removerem até o que já foi instalado







FCC, o órgão regulatório de telecomunicações dos EUA (como a Anatel deles), decidiu apertar o cerco contra companhias chinesas participando do estabelecimento de infraestrutura na terra do Tio Sam. A Comissão decidiu mover duas propostas que vão proibir as empresas de telecom do país a negociarem com Huawei ZTE, tanto na aquisição de novos equipamentos, bem como no banimento de equipamentos já instalados.
A proposta de regulação vem em duas partes. A primeira proíbe empresas de usarem subsídios recebidos do governo para comprar equipamentos vindos das empresas chinesas. Esses subsídios são oferecidos para incentivar as empresas de telecom a oferecerem serviço para regiões mais remotas e residências de baixo orçamento.
A segunda parte da proposta é pela remoção de equipamentos banidos que possam já estar instalados. Em troca, as empresas entrariam num programa de reembolso pelo governo para ajudar na transição. 
E o motivo para isso tudo seria o mesmo de sempre, de que essas companhias estariam oferecendo um risco contra a segurança nacional, segundo a FCC.
"Nós precisamos nos assegurar que nossas redes não vão prejudicar nossa segurança nacional, ameaçar nossa segurança econômica ou sabotar nossos valores. O governo chinês mostrou repetidas vezes que está disposto a chegar em níveis extraordinários para fazer justamente isso."
Ajit Pai, diretor da FCC
O movimento para diminuir o avanço do alcance de tecnologias chinesas já acontece há um bom tempo, e vem acompanhado da guerra fiscal que os EUA vêm travando contra a China. Isso levantou críticas contra as medidas, afirmando que elas poderiam estar vindo de um protecionismo comercial, não de uma real preocupação contra a segurança nacional.


As autoridades, no entanto, têm sustentado que suas medidas vêm de uma preocupação de ter empresas sujeitas à lei chinesa operando tecnologias sensíveis em território norte-americano. Elas alegam que tanto Huawei como ZTE poderiam ser intimadas secretamente pelo governo chinês a entregar informações privadas e pessoais para eles.
As novas propostas da FCC devem ser votadas em 19 de novembro.