Páginas

quarta-feira, 27 de novembro de 2019


Indústria 4.0: entenda o que é a quarta revolução industrial

A expressão criada por Klaus Schwab é uma mudança de paradigma que está transformando a forma como consumimos e nos relacionamos – entenda os impactos para o seu emprego e para a economia




quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, é um conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial. Hoje, é uma realidade defendida por diversos teóricos da área. Segundo ele, a industrialização atingiu uma quarta fase, que novamente “transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”. É, portanto, uma mudança de paradigma, não apenas mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico.

A revolução informacional – ou terceira revolução industrial – trouxe eletrônicos, tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando estas tecnologias como fundação, a indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que combinam máquinas com processos digitais. É a chamada  “fábrica inteligente”.
“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital", esclarece Schwab, em seu livro A Quarta Revolução Industrial. As tecnologias que fazem parte do conjunto da Indústria 4.0 não estão restritas aos universos da nanotecnologia, neurotecnologia, biotecnologia, robótica, inteligência artificial e armazenamento de energia.

Mesmo quem não trabalha diretamente nas indústrias inteligentes e automatizadas tem sua vida impactada pela quarta revolução industrial. Estamos experienciando novas formas de consumo, maneiras particulares de se relacionar com produtos e, por consequência, com as outras pessoas. Novos empregos estão substituindo velhas atividades.
Internet das coisas, inteligência artificial  e robótica são alguns dos campos em que é fácil identificar mudanças práticas para a vida das pessoas. A automação está chegando às casas, ao relacionamento com empresas e, claro, aos smartphones – dispositivos com raízes na revolução digital mas que, dia após dia, tornam-se mais inteligentes e automatizam as tarefas cotidianas.
A indústria é, universalmente, o processo de transformar matéria prima em produtos comercializáveis. Quando ocorre uma grande mudança nesse processo por causa de uma série de inovações tecnológicas, há impactos globais nos âmbitos social, econômico e político.
A primeira revolução industrial, que surgiu na Inglaterra no fim do século XVIII, mudou o paradigma mundial por acelerar este processo, que era totalmente artesanal, a partir do uso de carvão, vapor e ferro. A produção atingiu patamares nunca antes vistos na época. Os britânicos tornaram-se a principal potência mundial por conseguir produzir de forma barata e rápida produtos em todos os setores.
A segunda revolução industrial ocorreu em meados do século XIX e teve como protagonistas a eletricidade, a química e o petróleo. O período foi marcado pela massificação da manufatura, e do desenvolvimento de tecnologias como o avião, refrigeradores, alimentos enlatados e os primeiros telefones.
A terceira revolução industrial, por sua vez, é algo mais próximo das gerações atuais. A partir da segunda metade do século XX, a informação se tornou uma importante matéria prima. Os primeiros computadores surgiram e aumentaram a velocidade para se realizar qualquer processo de desenvolvimento científico. Portanto, revolucionou os avanços em todas as áreas do conhecimento. Desde a manipulação atômica até a tecnologia espacial só foram possíveis com o auxílio de um maquinário digital inovador.
Ainda é cedo para prever todos os impactos que serão causados pela quarta revolução industrial. Mesmo assim, é possível afirmar que, em alguns anos, nossa vida será muito diferente do que é hoje – 

quinta-feira, 31 de outubro de 2019



Módulos SIP SDM 632 e o Snapdragon SIP S6125 serão produzidos em Jaguariúna, no interior de SP, em uma fábrica que pode gerar até 1.000 empregos

Qualcomm vai começar a vender seus primeiros chips feitos no Brasil, o SIP SDM 632 e o Snapdragon SIP S6125 em 2021. A declaração foi feita por Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm América Latina, durante a Futurecom 2019.




Os chips serão produzidos em uma fábrica em Jaguariúna, no interior de SP, que deve estar pronta no final de 2020. Segundo o TeleSintese, o investimento é estimado em US$ 200 milhões ao longo de cinco anos, e a expectativa é de que a fábrica gere cerca de 800 a mil empregos no país.
Os componentes foram certificados recentemente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) como componentes eletrônicos desenvolvidos no país. Ou seja, eles atendem aos requisitos do Processo Produtivo Básico (PPB), isentando o fabricante de tributações, o que torna os chips mais competitivos no mercado e pode ajudar a reduzir o preço de smartphones.
Apresentados em março deste ano, os chips são na verdade módulos “System In Package”, que unificam componentes comumente usados em um celular, como o processador, memória e modem, em uma única peça, que ainda por cima é menor do que as placas de circuito tradicionais. Assim, para produzir um celular os fabricantes só precisam adicionar a tela, bateria, sensores e câmeras, com todo o restante do hardware é garantido pelos módulos da Qualcomm.
"A ideia é tornar o processo de desenho, desenvolvimento e produção de um smartphone mais fácil. Embora o conceito de SiP já exista e esteja presente em vários equipamentos, é a primeira vez que ele é usado em um smartphone", diz Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina.
A ASUS já comercializa no Brasil um smartphone equipado com um dos SIP. É o Zenfone Max Shot, o primeiro no mundo a utilizar o componente. O aparelho tem preço sugerido de R$ 1.549.